Por Sônia Gurgel
Nas minhas mais diversas interações com executivos de empresas de portes, segmentos e localidades diversos, a constatação é sempre a mesma – não existem mais férias para muitos!
Os/as profissionais têm adiado esse momento de descanso de forma recorrente, perdendo muitas vezes investimentos já realizados e frustrando as pessoas que iriam junto aproveitar o momento de descontração e conexão.
As desculpas são várias e, também, recorrentes: estou com a equipe incompleta; surgiram novos projetos; a empresa está num momento turbulento; pandemia; se eu sair, não conseguirei bater minhas metas no final do ano; a equipe não está pronta para ficar sozinha; não tenho quem fique no meu lugar e por aí vai...
Claramente há uma disfunção, embora não haja dúvidas de que o mercado e as organizações estão em ritmo alucinante. Será que ao abrir mão do descanso, o/a profissional está efetivamente se ajudando e ajudando as empresas? Certamente, não.
O que está faltando, a meu ver, é a mobilização de competências tão valorizadas pelas organizações atualmente: capacidade de negociação com relação a metas, prazos e prioridades; capacidade de desenvolvimento de equipe; delegação e planejamento.
E não adianta sair e não ser capaz de se desconectar da empresa. É o momento de se recarregar. É a oportunidade de se afastar do dia a dia e poder expandir visões, através da observação e execução de coisas diferentes das da empresa, de modo que no retorno, com possibilidades ampliadas, o/a profissional esteja mais equipado para lidar com a dinâmica do mundo empresarial, sem nos esquecer do principal: de estar mais equipado através do cuidado despendido ao seu EU!
Que venham as FÉRIAS!