Por Sônia Gurgel
Quem é o responsável pelas ações de melhoria?
Muitos profissionais, gestores de pessoas e também da própria área de RH têm sempre nos questionado com relação à ferramenta de avaliação de clima interno das organizações.
É claro que há um modismo com relação a essa prática atualmente, mas se olharmos para trás, verificamos que com ferramentas menos sofisticadas, com perguntas mais simples, com maior ou menor envolvimento de todas as pessoas, formal ou informalmente essas avaliações sempre foram feitas nas organizações
O que mudou é que essa ferramenta está mais desenvolvida, já foi testada inúmeras vezes em todo o mundo por empresas de diversos portes e segmentos, já houve tempo de se obter massa crítica com relação a ela e de haver uma validação acadêmica através de diversos estudos, onde se pôde comprovar, cientificamente, a correlação efetiva entre ambiente interno saudável e resultados de uma empresa. Essas pesquisas indicaram que entre 20 a 25% dos resultados sustentáveis de uma organização são impactados pelo clima interno, o que despertou o interesse de muitos empresários e profissionais de Recursos Humanos.
O que precisamos considerar agora com muita seriedade é a forma de utilização da ferramenta, que deve estar ligada ao processo de melhoria contínua, à possibilidade de avaliar o quanto a cultura, princípios e valores da organização estão difundidos em todos os níveis, e de como suas políticas e práticas estão entendidas e disseminadas.
Um outro fator extremamente importante a ser considerado é que os resultados da pesquisa de clima não pertencem ao RH e sim às diversas áreas da empresa que deram seu feedback. São as lideranças das áreas que precisam trabalhar juntamente com suas equipes nos planos de ação de melhoria. O RH tem o papel de facilitador do processo, estimulando para que ele seja efetivamente trabalhado durante todo o ano, mas não é o responsável pela definição das soluções e implantação de todas as ações consensadas, a não ser as questões envolvendo toda a organização.
