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Carreira, como cuidar dela?

  • Foto do escritor: Sônia Gurgel
    Sônia Gurgel
  • 14 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de set. de 2020

Por: Sônia Gurgel

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Em várias empresas por que tenho passado recebo sempre o mesmo tipo de comentário: “as pessoas aqui estão desmotivadas porque esta empresa não tem plano de carreira”!


Será que as empresas devem ter planos de carreira ou são as pessoas que devem possuí-los? E aí, creio residir o maior equívoco do profissional atual. Embora com características e demandas muito diferentes das do profissional do século passado, ele ainda pensa com a mesma lógica – a empresa é responsável por minha carreira.


Com as rápidas mudanças no mundo atual, nenhuma empresa tem condições de apresentar um plano de carreira a seus funcionários. A estrutura existente hoje pode se modificar radicalmente e de forma muito rápida se houver uma venda, uma incorporação, uma fusão, um processo acelerado de crescimento ou encolhimento. Nada mais é perene, nem o próprio negócio o é, de modo que seria no mínimo leviano da parte da empresa, se ela usasse dessa falácia para motivar as pessoas.


O plano, a carreira é de cada indivíduo. O profissional tem que ter um excelente auto-conhecimento para poder definir sua verdadeira vocação, seus pontos fortes, os pontos não tão fortes, seu perfil – sou mais talhado para trabalhar em funções que exijam atenção concentrada ou sou mais apto a trabalhar em funções que exijam a mobilização de competências sociais, de relacionamento e comunicação? Prefiro trabalhar no meio de várias pessoas ou prefiro ficar mais isolado? Somente a partir desse auto- conhecimento é que o profissional vai poder desenvolver seu plano de carreira e este servirá para qualquer organização!


O funcionário, ou colaborador como preferem alguns, ficará sempre motivado ao trabalhar como um empreendedor de sua carreira, com seu planejamento em mente, com metas estabelecidas e com planos de ação claramente definidos para o atingimento de seus objetivos de carreira.


O profissional empreendedor de seu plano de desenvolvimento, deverá periodicamente buscar feedback com relação a seu desempenho e atitudes junto a seus gestores, colegas e outros profissionais que possam contribuir com seu desenvolvimento. Deverá também realizar a avaliação dos resultados atingidos, pois ambos - feedback e progressos obtidos - deverão alimentar a revisão constante dos planos de ação definidos para chegar à posição desejada.


Outro fator a ser considerado é que a construção da carreira envolve não somente movimentações verticais, mas laterais, que permitam ampliar a visão sistêmica, o aprofundamento do conhecimento, o network interno e externo e a devida qualificação. A evolução na carreira passa também por extrapolar a descrição de cargo, em qualquer posição que se encontrar, expandindo a função para a qual foi designado, tornando-a mais significativa para a organização e para seu próprio desenvolvimento.


E qual o papel da empresa? Ela não tem nenhuma responsabilidade nesse processo? O papel da empresa é comunicar de forma transparente e atualizada a sua estrutura organizacional, seus planos de cargos e salários, as competências essenciais para o negócio. A empresa, até como forma de reter seus talentos, deve também prover programas de qualificação e desenvolvimento, sistemas de avaliação de desempenho, feedback e orientação profissional, de modo que as pessoas possam se planejar, buscar o crescimento profissional e ter indicações das possibilidades internas, antes de começar a olhar para fora como única opção para “empreenderem suas carreiras”.

 
 
 

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